domingo, 11 de agosto de 2019

O fantasma de Hiroshima e Nagasaki


Um dia em que se recorda a segunda bomba nuclear lançada sobre civis, um povo, um país.  Uma demonstração de crueldade em duas etapas, a primeira em 6 de agosto de 1945, deixa um rastro de destruição sobre a cidade de Hiroshima, e o Japão em choque.  

Não bastasse as milhares de mortes que ocorreram instantaneamente, mas que seriam multiplicadas várias vezes, nos momentos posteriores até décadas futuras, os EUA, em mais um gesto de desumanidade, lança a segunda bomba nuclear sobre o Japão, desta feita em 9 de agosto de 1945 sobre Nagasaki, e determina assim novas mortes aos milhares, uma barbárie que tentaram justificar, a pretexto de outra barbárie em curso, a guerra no Pacífico, que muitos estudiosos lembram e afirmam, já estava em seus dias finais, sendo desnecessárias as mortes absurdas de civis no Japão. Uma CRUELDADE!


 
Nagasaki bombardeada - TVT

Bombas, para sacramentar o poder de destruição e mortes! Bombas para atemorizar o mundo! Bombas para elevar os EUA a condição de potência, e fazer com que outras nações buscassem o mesmo caminho e recursos destrutivos para se tornarem potências, e tornar o mundo um imenso paiol, o barril de pólvora prestes a explodir, e povos e nações amedrontados e reféns de seus medos.

Um legado triste e doentio, que cobra muito do clube dos detentores de armas atômicas, armas radioativas, armas sujas, e dos que transformam pesquisas e produção de energia a partir da matriz nuclear, responsáveis maiores pelos destinos do planeta.  EUA, Rússia, China, Reino Unido (Inglaterra), França,  Israel, Índia, Paquistão, Coreia do Norte, não se sabe o seu real poder de transformar o mundo em escombros e a vida em lembranças, mas todos estes tem uma enorme responsabilidade, de não deixar que nossos temores mais tristes e difíceis, venham a acontecer, repetindo-se tragédias como as do Japão.

Um lembrete!  Um pequeno exemplo  das dores:







Resultado de imagem para Nagasaki
Igreja resiste a explosão nuclear, Japão 1945 - obtido no sítio Aleteia

Tudo aos escombros e mortos por toda parte, mas a imagem e as histórias dos que se salvaram são um sinal do que devemos compreender, e onde buscar inspirações para que o mundo sobreviva aos nossos erros.



Fantástico TV Globo - Documentário revela novas histórias de tragédias em Hiroshima e Nagasaki



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Contínua


O horror nuclear está materializado também nos riscos e incidentes atuais, sejam em usinas ou centros de pesquisas, civis e militares, que se espalham pelo mundo, e com acidentes trágicos neste intermédio.



                                          Chernobil - reportagem do Fantástico (Tv Globo)


Rússia (Chernobyl), é um dos países mais afetados como também o Japão (Fukushima), também no Brasil (no caso do Césio 137 em Goiânia), e nesta semana vemos outro acidente desta feita nas proximidades do Ártico, numa base militar da Rússia, supostamente numa plataforma de lançamentos de mísseis, mas ainda envolto em mistérios, com a certeza de mortes.




Lições urgentes precisam ser aprendidas, e rumos dos acontecimentos alterados em direções melhores.

Hiroshima nunca mais!
Nagasaki nunca mais!
Chernobyl nunca mais!
Fukushima nunca mais!


























sexta-feira, 21 de junho de 2019

Dúvidas sobre o Irã

Muitos em todo o mundo tem se preocupado com a tensão na Ásia entorno da antiga nação persa, principalmente pelo potencial de uma guerra muito danosa e que se espalhe pela região, envolvendo outros.


Os EUA abandonaram no ano de 2018, o acordo (JCPOA) que mantinha as atividades nucleares iranianas sobre controle internacional, e tuteladas pelas nações desenvolvidas da Europa Ocidental, Rússia e China além do próprio Estados Unidos. A decisão de Trump de sair do acordo e impor restrições ao Irã, tem sido condenada por líderes mundiais, pois todos esforços e garantias de menos riscos nucleares na região, estão seriamente ameaçados, no mínimo.



Apesar das intervenções e pronunciamentos, ou ações limitadas, das outras partes do acordo internacional, o Irã por força das circunstâncias,  tem dado sinais de que não vai permanecer dentro dos limites, uma vez que além de ver o acordo rompido pelos americanos, sofre pesada pressão econômica, especialmente sobre suas exportações de petróleo e movimentações financeiras internacionais, supostamente como afirmam os mesmos, por uma chantagem dos EUA, que deseja estabelecer controles para além dos riscos das atividades nucleares iranianas, mas também para reduzir sua capacidade de desenvolvimento, autodeterminação e liberdade, a pretextos de um novo acordo que inclua o programa de misseis (que o Irã afirma ser para defesa de seu território), e sua influência regional sobre países vizinhos, e povos de mesma religião que o Irã, que os americanos e Israel veem com restrições e desconfianças.




Neste contexto, percebe-se que todo o trabalho para evitar que o Irã não enriquecesse urânio em nível elevado de pureza, e pudesse desenvolver armas nucleares, ou extrapolar o uso para fins pacíficos, foi posto de lado, e parece ser menos urgente para os americanos, uma vez que são  estes que forçam a reação iraniana, e a nova retórica de rompimento dos limites de produção de material físsil (combustível), e aumentam a instabilidade com possibilidade de crises graves e mesmo um conflito, envolvendo diversos atores, e criando problemas ainda piores do que os já vistos na Síria e Líbia.  É algo que não se justifica, ainda que os EUA continuem a demonizar os iranianos, pois está clara a presença americana ameaçando territórios longe de suas fronteiras.



Guarda Revolucionária do Irã divulga foto do que alega ser destroços do drone americano Foto: TASNIM NEWS AGENCY / REUTERS
Guarda Revolucionária do Irã divulga foto do que alega ser destroços do drone americano Foto: TASNIM NEWS AGENCY / REUTERS - Reproduzida do sítio O Globo

Quem acredita que as condições do acordo podem mudar, com os americanos impondo novas restrições  aos iranianos, não está fazendo uma leitura histórica da sociedade e política do Irã, e não percebem que a exemplo do que se tentou fazer a Coréia do Norte em crise semelhante, não funcionou de fato, e com riscos ainda mais sérios de uma guerra generalizada, com crises e repercussões mundiais, para além da região.

Irã abate drone militar dos EUA - Terra 21.06.2019

Coreia do Norte culpa os EUA pelo fracasso do encontro em Hanói e põe em dúvida diálogo entre os dois países - G1 24.05.2019


Governo da Coreia do Norte divulgou foto que mostra teste de seu sistema de mísseis ocorrido na quinta-feira (9)  — Foto: Agência Coreana Central de Notícias/Korea News Service via AP
Governo da Coreia do Norte divulgou foto que mostra teste de seu sistema de mísseis ocorrido na quinta-feira (9) — Foto: Agência Coreana Central de Notícias/Korea News Service via AP - Reproduzida do sítio G1


Vale mesmo à pena esvaziar e inviabilizar o acordo nuclear, o JCPOA?