Não é fácil replicar diagnósticos e relatos de tantos erros, aqui enfaticamente relacionados aos desvios humanos movidos pela ambição e poder, e intimamente relacionados a capacidade de exploração das tecnologias nucleares muitas vezes não direcionadas ao bem comum, mas de uns poucos, numa grande e silenciosa manobra de manipulação e enganação coletiva.
A pergunta que fazemos constantemente e´: Será que necessitamos de tantas formas e meios de produção de energia nuclear, e de tecnologias aplicadas para fins militares? Na intensidade e constância que há hoje? Não há formas mas seguras e construtivas, sustentáveis e perenes de termos o que a energia nuclear nos possibilita?
Nós estamos com este trabalho no intuito de mostrar que sim, que há alternativas, e também obrigações sociais e coletivas de acompanhamos o que fazem com as termonucleares e outras fontes de energia nuclear, pressionando da forma e quando possível os que agem em detrimento do bem comum, o não mais recente evento de Fukushima deveria ser uma lição para todos, e principalmente para os japoneses.
Certamente não será desta forma que não teremos mas ameaças ao mundo e a nossa vida, mas rever o uso e as formas de produção das energias nucleares, é um excelente princípio para este fim.
Recordemos o que é atual!
Operadora de Fukushima pede mais uma ajuda ao governo japonês - EBC 27.12.2013
OUTRO TERREMOTO EM FUKUSHIMA É ADEUS JAPÃO E EVACUAÇÃO TOTAL DOS EUA! - Os Bastidores do Planeta 10.11.2013
Japão eleva gravidade de vazamento radioativo em Fukushima; entenda - BBC 21.08.2013
Japão admite que acidente nuclear de Fukushima foi causado pelo homem - G1 05.07.2012
A imagem feita no dia 16 de março de 2011 mostra os estragos na usina nuclear Dai-Ichi, em Fukushima, no Japão (Foto: DigitalGlobe) |
São palavras do renomado pesquisador Dr. David Suzuki, ganhador de 23 prêmios, sobre a situação de Fukushima (que infelizmente não é tão clara como devia):
“Três dos quatro reatores foram destruídos no terremoto e no tsunami, e o quarto foi danificado de tal forma que, se houver outro terremoto de magnitude sete ou mais, a construção toda entrará em colapso desencadeando o inferno. E a probabilidade de um terremoto deste tipo nos próximos três anos é de mais de 95%”, disse Suzuki.
Ainda foi mais enfático ao dizer:
“Caso apenas duas hastes se toquem neste processo, pode haver uma reação de cisão e uma imensa liberação de radiação.”
Fato é que a usina de Fukushima está à beira do equivalente a uma super bomba nuclear, e os operadores da TEPCO, notoriamente incompetentes, já estão prontos e prestes a entrar e realizar o processo.
Segundo Suzuki, é certo que outro terremoto atinja Fukushima dentro dos próximos três anos, antes que a TEPCO seja capaz de executar a limpeza (esta que pode ser altamente perigosa) e levar à um colapso completo, seria absolutamente um desastre radioativo internacionalmente – para além dos Estados Unidos.
Só a possibilidade de tal acontecimento deveria ser algo a ser atentamente considerado, e a sociedade do Japão e do mundo adequadamente informada e preparada, algo que como vimos e divulgamos desde os acontecimentos já ficava subentendido que não é de interesse de grandes figuras do Japão e do mundo.
Mesmo num quadro como este, há a possibilidade de evitarmos tragédias maior, com esperança, mas também com ações concretas como a multiplicação de informações consistentes e que apontam para os erros cometidos no Japão, no interesse de pressionarmos de forma organizada e unida todos os nossos representantes, cobrando ações mais responsáveis e concretas para tentar evitar ainda mais sofrimento.
Em 2014, é urgente a união de todos que são contrários aos caminhos equivocados que seguem governos e nações, no interesse de poucos, para intensificar e ampliar a exploração e instalação de energias nucleares, em detrimento de fintes renováveis e menos arriscadas e nocivas. Temos exemplo de que isto é possível, a Alemanha é um deles, e aponta para algo entorno de duas ou três décadas como data provável para total desativação de termonucleares.
Foto Alliance/DPA |
Esperemos contudo que com maior cobrança social e mobilização internacional, este projeto seja implementado na Alemanha e outras nações, mais intensa e rapidamente, e nos tornemos livres de ameaças como as de hoje.
Feliz 2014! E juntos façamos uma ação concreta para obtermos a paz que nos reserva Jesus Cristo, principiando por mudanças em nossas ações e formas de viver, respeitando o planeta em que estamos.