domingo, 13 de outubro de 2024

Prêmio merecido!

A ação de denunciar e alertar quanto aos riscos e efeitos trágicos das explosões nucleares sobre o Japão, em Hiroshima e Nagasaki, e suas populações, com consequências desde os idos de 1945 até os dias de hoje, rendeu o Nobel da Paz de 2024, a associação de vítimas do bombardeios, Nihon Hidankyo, que luta por desarmamento e paz mundial, e contra os arsenais nucleares, denunciando o sofrimento e a destruição que podem causar.


Nobel da Paz 2024 - reprodução ONU News


Prêmio Nobel da Paz 2024 vai para organização japonesa Nihon Hidankyo - ONU News 11.10.2024


A entidade realiza importantes ações de informação, divulgação e alertas, chamando a atenção de todos ao longo dos tempos, para os horrores das guerras com uso de bombas nucleares e para as ameaças ao futuro da humanidade. Algo bastante atual e apropriado no contexto dos conflitos na Ucrânia e em Gaza, pela destruição e vítimas inocentes dizimadas nestes conflitos, e frequentes menções ao uso de armas nucleares táticas ou estratégicas por alguns autores destas tragédias humanas.

A pertinência do momento, alerta para os riscos cada vez maiores e presentes, inclusive com ataques nos arredores de usinas e instituições de energia nuclear. Nós temos falado muito sobre o assunto, alertando sobre a escalada das ações destrutivas e ameaças relacionadas. 

Muito boa iniciativa e parabéns pelo trabalho realizado e pela merecida premiação!  As populações do futuro e de hoje precisam e devem estar alertas, agindo para afastar os riscos e temores com fim das hostilidades e ações perigosas e destrutivas.



quinta-feira, 3 de outubro de 2024

As usinas e as bombas.

Durante o conflito entre Rússia e Ucrânia, vimos a divulgação de várias reportagens sobre os riscos das ações militares, provocações, e explosões de bombas, mísseis e drones nos arredores das instalações nucleares, especialmente na de Zaporizhzhia na Ucrânia, atualmente paralisada e ocupada pelos russos, e de fato há riscos elevados e possibilidade de um acidente nuclear grave.
 

Não bastasse o fato de Israel está produzindo um genocídio deliberado e criminoso em Gaza, matando milhares de crianças e mulheres palestinas inocentes, ou de Netanyahu conduzir israelenses para uma campanha de mortes e destruição bárbara, na Cisjordânia e no Líbano, também com o apoio e armas americanas e seus aliados do G7, vemos agora mais ameaças, desta feita com possibilidade de ataques israelenses a instalações e usinas nucleares iranianas, o que seria algo sem proporções e danoso a toda região no Oriente Médio.

 

Um possível descontrole israelense, para além dos crimes e atrocidades que vem cometendo, impunemente e com ajuda ou omissões de americanos e ou aliados, poderia transformar ataques as instalações nucleares, em verdadeiras explosões de bombas nucleares, ou com efeitos similares. Também seria um precedente extremamente perigoso para outros povos na região, ou mesmo para Israel, que apesar de sua suposta superioridade e poder, não conseguiu conter muitos dos mísseis iranianos no último dia 01, mesmo com toda ajuda de americanos, ingleses, franceses e jordanianos, algo que é sinal de perigo sério.

Dimona no Negev em Israel poderia também virar um alvo iraniano?  Já pensaram que as defesas israelenses podem falhar? E esta fica a cerca de 547 km de Beirute n9 Líbano, ou a 1.961 km de Teerã no Irã, ao alcance dos mísseis como já mostrou o Iraque.

O reator nuclear israelense em Dimona - Sputnik Brasil, 1920, 19.02.2021
Dimona -  © AFP 2023 / JACK GUEZ - Reproduzido do Sputnik Brasil


 


Imaginem se o Irã com mísseis balísticos ou armas modernas russas, atacarem usinas nucleares ou bases e depósitos nucleares israelenses, ou outros similares americanos na região, como submarinos? O caos não ameaça apenas um dos contendores, temos tentado alertar, e na contramão de análises idiotas de alguns meios de comunicação.

Bombas nucleares estão por explodirem!

terça-feira, 6 de agosto de 2024

O Japão como um sinal.

Hoje é dia de relembrar dores e sofrimentos profundos, especialmente pelo povo japonês, decorrentes das tragédias que se abateram sobre Hiroshima e depois sobre Nagasaki. Quando em agosto de 1945, a covardia e insanidade americana causaram milhares de mortos instantâneamente e outros tantos ao longo de décadas, decorrentes da radiação nuclear, provocadas por duas bombas atômicas despejadas sobre a população civil no Japão impiedosamente. Uma data que simboliza os horrores que viveram os japoneses! Um fato que nunca mais deveria se repetir, mas que neste momento é de elevado o risco de novamente ocorrerem, para o pesar de todos que tem alguma consciência moral e humana.


Japão recorda os 79 anos do ataque nuclear contra Hiroshima - Band UOL 06.08


Este trágico fato que deveria chamar a atenção do mundo, e provocar reflexões e medidas que ajudassem a humanidade a evitar novas destruições e mortes tão horrendas, sejam por guerras, conflitos, ou em um cenário de novas ameaças atômicas. Ao invés disso, há guerras e conflitos, com milhares de mortes e destruições por toda parte, como na Ucrânia, na Palestina, e em alguns casos, com riscos e ameaças de uso de armas nucleares ou de danos à centrais  nucleares de geração de energia, que deveriam servir para atendimento as populações, mas se transformam em objeto de medo e destruição, por diversas razões diferentes, e até por negligências ou erros.

É difícil ver que não aprendemos, mesmo após histórias tão trágicas, e seguimos por caminhos insanos, para a destruição total da humanidade!



Hiroshima e Nagasaki nunca mais!


quarta-feira, 26 de junho de 2024

Enérgica Nuclear podemos celebrar?

Sim claro! É a resposta mais objetiva e clara, mas com coerência, observamos que esta afirmação melhor se aplica ao uso do conhecimento, experiências e aplicações de menor potencial de risco e maiores benefícios as sociedades, como a pesquisa de materiais e elementos radioativos, existentes na natureza, e uso de técnicas e até reatores experimentais, para indústria, na medicina e farmacêutica, ou na conservação de alimentos, etc. Esses exemplos sim, devemos celebrar.


Museu de Ciências Nucleares - UFPE


Celebrar o conhecimento, como o aniversário de fundação e operação do Museu de Ciências Nucleares do Departamento de Ciências Nucleares da UFPE, Universidade Federal de Pernambuco, que hoje completa 14 anos de funcionamento. Um exemplo de transmissão de conhecimento e informações, muito importante para Pernambuco e para o Nordeste do Brasil, que contribui para ampliar conhecimento, comunicar com sociedade e formar profissionais. Parabéns a UFPE ao museu e as pessoas que lá atuam.

Não dá para celebrar é os jogos políticos e de interesses por trás da ameaça a segunda maior usina nuclear da Europa, na Ucrânia e sob controle russo, em meio a uma guerra insana e estimulada por interferências dos EUA, OTAN e alguns países da Europa. Algo que pode gerar mais tragédias!

Não dar pra celebrar o retorno a uma guerra fria, com ameaças que envolvem mais uso da energia nuclear para fins militares, ou para novas armas de destruição em massa, e que parece se ampliar drasticamente nos últimos meses, com países num grande jogo de destruição. Estados Unidos com seus aviões e submarinos, na Coreia do Sul e como ameaça aos governantes loucos na Coreia do Norte (armamentista e nuclearizada), ou rumo a Austrália junto com os ingleses à ameaçar a China que amplia seu arsenal de Ogivas. De outro lado a Rússia investindo em armas nucleares e dando sinais de que pode vir a usar, num prefácio ao caos! Muita loucura, pra não falar do Irã e das declarações de ministros de Israel, tão polêmicas como vergonhosas e criminosas, tais como a afirmação de Amichay Eliyahu, que disse ser "uma opção" lançar uma bomba nuclear sobre palestinos na Faixa de Gaza, algo inimaginável mesmo aos cruéis genocidas israelenses.


Ministro de Israel diz que bomba nuclear em Gaza é 'opção' e é suspenso por Netanyahu - UOL 05.11.2023


Vista parcial de Fukushima no Japão. Imagem do Google Imagem