Apesar de inúmeras declarações feitas por representantes do governo japonês desde o acidente de Fukushima, onde enfatizam que a presença de material radioativo em peixes, na água do mar, e em alguns alimentos, estão em níveis considerados aceitáveis pelas agências responsáveis.
É cada vez mais presente entre os japoneses o medo de uma contaminação radioativa que possa atingir as populações próximas ou não a Fukushima, em decorrência de alimentos que apresentam algum nível de contaminação, independente destes apresentarem resultados dentro dos padrões tolerados.
Neste momento a preocupação é com a contaminação do leite em pó produzido na região, a ponto de preventivamente serem recolhidas cercas de 400 mil latas fabricadas pela Meiji.
Assistimos situações semelhantes em décadas passadas, quando do acidente de Shernobil na antiga URSS, em relação a contaminação da carne exportada e oriunda da região.
Vejam mais algumas informações:
Césio é encontrado em leite em pó fabricado no Japão - Reuters 06.12.2011
Leite em pó infantil apresenta contaminação radioativa no Japão - AFP 06.12
Japão registra vazamento de água radioativa em Fukushima - Prensa Latina 05.12
Autoridades do Japão identificam arroz contaminado por radiação em três fazendas - Jornal do Brasil 29.11
Estudo revela índices de césio a 500 quilômetros de Fukushima - Terra 14.11
Após tantas ocorrências e áreas dispersas de incidência de contaminação, é natural a apreensão que afeta alguns japoneses, pois ainda que procedam os resultados dos estudos e monitoramentos que apontam para graus toleráveis de contaminação, ficam as questões:
De que forma pode as populações do Japão se sentir segura, estando expostas ao contato com diversas fontes de contaminação radioativas quase que simultaneamente?
Os níveis de contaminação associados as citadas fontes, quando atuando simultaneamente não provocam uma sensível elevação do risco a saúde das pessoas?
Acho que a resposta já pode ser percebida através de ações adotadas no Japão, tais como a retirada de produtos do mercado.
Na verdade, o futuro é que nos vai revelar a dimensão do problema!
Que Deus nos ajude!